Quem sou eu
Sempre fui uma chata perfeccionista. A dedicação se confundia com a pressão de fazer tudo perfeito. Perfeito no meu sentido de ver. Uma cobrança interna de querer abraçar o que meus braços não conseguiam segurar. Uma mania de me entregar para agradar. Mania essa que estou tratando na terapia. Mais que isso: me despertou para um processo lento de autoconhecimento que ficou escancarado quando nasci como mãe, em julho de 21. Na entrega da maternidade aprendi que precisava aprender e aceitar que não existe perfeição. Não tem mãe perfeita. Nem filho. Estamos aqui para evoluirmos juntos.
Sou a Ale, mãe do Beni. Antes disso, sou uma apaixonada pelo movimento. A experiência me move e a mudança me faz viva. Acredito no respeito pela diversidade, na conexão entre histórias, culturas, pessoas. Jornalista desde 2007, aventureira desde 1985, quando cheguei nesse mundo. Amo viajar. Foi na estrada que percebi que a coragem de mudar de paisagem faz meu coração pulsar. O que aprendi, pulsando:
A mala vai com roupa e volta com experiências.
Planos são feitos para serem mudados.
Os imprevistos acontecem e eles não estão no roteiro.
A vida não é linear. O equilíbrio se faz nas curvas.
Já viajei mais de 12 mil km de fusca pela América do Sul (duas vezes com meu marido), morei em sete cidades e por 3 anos nos USA, visitei 10 países, conheci infinitas pessoas no caminho. Fora da estrada: já fui repórter policial e de moda, trabalhei em jornal diário e revista semanal. Fui assessora de imprensa, editora, fotógrafa, comunicadora no corporativo. Ainda tive um programa de rádio em inglês sobre música brasileira, um blog no jornal regional em Iowa (USA) e estudei marketing digital.
Já larguei o emprego “dos sonhos” cinco vezes. Uma vez pedi demissão para ganhar menos, outra vez porque estava de saco cheio, mais uma para maternar. Confesso que foi preciso ter coragem – que eu nem sabia que tinha – para ser mãe antes de ser jornalista. Ser jornalista sem emprego fixo. Ser alguém sem carteira assinada.
Demorou um tempo e muitas lágrimas até eu entender tudo isso. E foi unindo as experiências da estrada, da profissão e da vida, que veio a maternidade. Bati tudo isso no liquidificador das minhas emoções e o resultado foi a descoberta de amor diferente que me faz aceitar esse processo. Amor pela construção da nossa história, aprendendo juntos.
Aqui você encontra além de dicas de lugares, histórias de experiências. Adaptações que a maternidade pediu, para a aventura continuar. Não deixamos de viajar, apenas ganhamos um aventureiro a mais. Vem com a gente!
