Procurar hotel em Amsterdam não foi uma tarefa fácil. Pesquisamos em vários blogs de viagem sobre qual era o melhor bairro, os hotéis mais baratos e bons para ficar. Mas encontrar algo barato, bom e bem localizado não é tão simples assim. Amsterdam é uma cidade cara comparada à outras cidades da Europa, mas é uma cidade linda e vale o passeio.
O primeiro ponto que definimos foi o orçamento: até 450 reais a diária, o que era a média dos hotéis por lá. Em Budapeste, por exemplo, pagamos metade deste valor. É possível encontrar por menos, mas a qualidade e a localização deixam a desejar.
Outra questão importante: bem localizado, porque a nossa ideia é sempre caminhar até os pontos turísticos e, assim, conhecer e sentir mais a cidade. Último quesito: limpeza boa e recomendações no tripadvisor ou no booking (sites que costumamos usar muito).
O escolhido em Amsterdam foi o Hotel Atlanta, localizado no Rembrandtplein, uma das praças mais cheias de restaurantes e movimentadas da cidade. Nela tem um monumento homenageando Rembrandt e outras estátuas, que formam o famoso quadro do artista: A Ronda Noturna.
O valor (em maio de 2018) ficou bem no limite do orçamento, mas a localização era ótima: caminhando, levamos 15 minutos até a Dam Square, 25 minutos até os museus e o Vondelpark, 20 minutos até a Centraal Station e 20 minutos até a Casa da Anne Frank. O que facilitou nossa ideia de explorar mais a cidade das bicicletas e aproveitar melhor os dias de primavera.
E tinha tudo por perto: mercado, farmácia, restaurantes mais chiques e outros fast foods baratos com comida boa. Escrevi sobre isso aqui. Ônibus e trem urbano passam toda hora na esquina do hotel, o que facilita para quem não gosta de caminhar.
O hotel era antigo, mas bem cuidado. Prédio de três andares só com escadas beeeeem íngremes e degraus curtinhos. Cuidado se você beber no quarto e for descer… é realmente perigoso!
O banheiro e o chuveiro eram compartilhados, o que é comum por lá por conta da estrutura dos prédios. Era um por andar e bem limpinhos. Cada um leva seus ítens de higiene pessoal e recolhe quando terminar o banho. A limpeza no quarto também era boa, com trocas de toalhas e lixo todos os dias.
O quarto pequeno, sem ar condicionado (o que também é comum nos hotéis mais antigos) e o ventilador não deu conta em algumas algumas noites. Mas nada insuportável. Tinha cofre dentro do armário e uma pequena pia com espelho, além de uma televisão. Os funcionários eram prestativos e todos falavam inglês. Uma das recepcionistas falava português de Portugal e nos ajudou com dicas de bares locais. Gostei muito e recomendo.
Tinha café da manhã, mas não era incluso na diária. Em maio de 2018, custava 10 euros por pessoa, por dia. E como falei neste outro post, encontramos uma maneira de economizar no café e nas refeições comendo bem. No frigobar tinham comidinhas e bebidinhas a 2 euros, mas compramos cerveja e outras coisas no mercado da esquina. Saiu bem mais em conta. Conseguimos organizar o espaço para “gelar” a cerveja ao padrão europeu… um pouco fria!
Sobre a praça:
O movimento de turistas era mesmo o ponto forte do local. Maaaaas, ficamos sabendo por lá que os restaurantes da praça eram caros e a comida nem tão boa assim. Bem o que a gente chama de pegadinha para turista. Não provamos e preferimos ir em restaurantes e bares mais locais. Na noite de sexta-feira tinha bastante movimento ao ponto de fazer o pessoal descer e empurrar as bicicletas, o que não é comum.
Como chegar no hotel vindo do aeroporto:
Quando você chegar no aeroporto Schiphol, tem um trem que te leva até a Centraal Station, no centro da cidade. É fácil se você tiver uma bagagem que consiga carregar. Leva mais ou menos 40 minutos e as máquinas para comprar os ticktes ficam no saguão do aerporto e aceitam cartão de crétito, mas cobram mais ou menos um euro de taxa. São máquinas amarelas como essa da foto. Com os ticktes na mão, é só descer as escadas rolantes para plataforma 1 ou 2.
Chegando na Centraal, tem que pegar o trem de superfície número 4, que sai da rua ao lado do prédio da Centraal. Do lado oposto da rua, tem uma casinha que vende o ticket, também no cartão ou em dinheiro. Os dois trechos custam cerca de 10 euros por pessoa. Do trem número 4, você desce na Rembrandtplein e logo vai enxergar o hotel Atlanta.
Onde mais ficar:
Na nossa pesquisa vimos hotéis dos mais diversos tipos, preços e locais. O centro da cidade é bom, perto desta praça ou da Dam Square. Mas sempre lotado de gente… só que dali você vai para qualquer lugar caminhando e encontra restaurantes e bares na redondeza. O valor fica na média dos 400 reais a diária, pelo menos na alta temporada.
Outro bairro legal que pesquisamos foi o Jordaan, lá onde tem a Casa da Anne Frank (leia sobre a nossa visita aqui) e outras lojinhas, boutiques, brechós… é um bairro cheio dos lindos canais, prédios do patrimônio histórico da cidade e mais hype chique, sabe? Muito legal… mas os hotéis eram muito além do nosso orçamento.
E eu li também que no bairro De Pijp também vale a pena pesquisar. Lá tem muitos apês ou quartos para alugar, além das opções de hostel. O bairro é um pouco mais afastado das atrações turísticas, mas é onde tem mais bares, cafés e livrarias.
Boa sorte!
Ah, e eu escrevi um post sobre a cervejarinha artesanal que fica ao lado de um moinho. Leia aqui.