Passeio de bicicleta nas vinícolas de Mendoza, Argentina

Passeio de bicicleta nas vinícolas de Mendoza, Argentina

Andar de bicicleta entre as vinícolas de Mendoza, na Argentina, é das experiências que eu mais recomendo aos amigos que planejam viagens por lá. Entre uma degustação de vinho e outra, uma pausa para admirar a Cordilheira dos Andes, que nos acompanha ao longo do caminho.

O clima semi-desértico, com quase nada de chuva e solo plano, ajudam no passeio e no cultivo das uvas. A famosa Malbec é a queridinha do país e conquistou o mundo. Mas por lá também encontramos uvas como Merlot, Syrah, Cabernet Sauvignon e algumas uvas brancas, como a Chardonnay. A cidade tem mais de 1800 vinícolas (isso em 2018) e apenas 200 estão abertas para visitação.

Em 2013 fomos de fusca para Mendonza e, antes de sair de casa, descobrimos o passeio de bike pela internet. Mandamos um email para o Sergio, o dono do Mendoza Wine Bike Tour, que prontamente nos passou as informações. Fechamos um passeio em duas vinícolas: Chandon e Ruca Malen, para almoço. Ele pediu a idade, altura e se tínhamos o hábito de praticar exercícios físicos.

No dia combinado, 8h30 nos buscou no hostel que estávamos, no centro da cidade. As vinícolas ficam afastadas do centro da cidade. São 30 minutos de carro até a região onde tudo começa: camino del vinos!

Sergio nos ajudou com o capacete e as dicas de segurança. Voltou para o carro, nos guiou, dirigiu, entregou água quando pedimos e também tirou fotos. Nesta época, ele estava começando, fazia tudo sozinho e deu conta do recado. Na primeira parte do passeio a calçada era plana, rodeada por árvores secas por conta da época (setembro), que combinavam com a paisagem ao fundo, a Cordilheira dos Andes:

Foram 40min pedalando pela ciclovia até chegar na Chandon. A visita leva uma hora com 3 degustações. “Bebemos estrelas”, como dizem os hermanos.

Existe uma parte da fabricação da Chandon que ainda é feita pelo método artesanal, chamado de champenoise. Consequentemente, são as garrafas mais caras e de produção limitada. O enólogo da marca é o mesmo há mais de 30 anos, por isso eles conseguem manter a qualidade e gosto das bebidas.

A marca tem apenas quatro unidades fora da França, sendo que a primeira delas (e na época a maior) fica em Mendoza. Cada uma destas unidades possui vinhos e espumantes exclusivos. Ou seja: o que a gente toma aqui no Brasil, não tem na Argentin e vice-versa. A Chandon faz parte do mesmo conglomerado de mais de 70 marcas de luxo, como Louis Vuitton, Dior, Givenchy, Dom Perrignon. Chique, né?

Depois dos espumantes, pedalamos por mais uns 20 minutos até a Ruca Malen, que significa “casa da mulher jovem” em uma língua indígena da região. Eles fabricavam (em 2013) 700 mil litros de vinho por ano. Produção considerada pequena por lá. Uma marca grande produz mais de 15 milhões de litros de vinho por ano. A desculpa pra beber tanto vinho? Ah, ele combate o envelhecimento precoce, gente!

O almoço é uma delícia e o visual é de tirar o fôlego. Por quase duas horas, provamos vinhos diferentes e combinação de sabores. A apresentação era interessante e o restaurante no jardim deixava tudo ainda mais romântico. E para fechar com chave de ouro e suspiros no ar, uma paisagem das montanhas da Cordilheira ao ar livre.

Foram seis pratos, seis taças de vinhos diferentes. A entrada era uma salada de abobrinhas, creme de queijo branco, amendoim, uvas passa, maçãs caramelizadas e azeite de oliva. Ainda teve pastel de milho com creme de pimentões, feijoada argentina, medalhão de mignon com croquetes de batata com alho poró e torta de chocolate e doce de leite. Que tal?

Outra vinícola que vale a pena:

Em 2018 voltei a Mendoza com uma amiga e fiz questão de repetir o passeio. Desta vez, almoçamos na Belasco de Baqueano. Sergio também foi nosso guia. Cinco anos depois, ele tinha um motorista para a van cheia de turistas de diferentes partes do mundo. O negócio dele cresceu e ficou ainda mais profissional: a van puxa um carrinho com diferentes bicicletas e itens de segurança. Ele vai pedalando conosco e informando sobre cada lugar. Se você cansar, pode ir de van até a próxima parada.

A foto é da janela do restaurante onde almoçamos na Belasco. Aqui podemois ver a diferença na paisagem: em 2018 fui em março, final do verão, onde as parreiras estavam carregadas. E lá no fundo, a Cordilheira quase sem neve. Na mesma viagem fomos visitar a Concha Y Toro, no Chile, que você pode ver aqui.

A Belasco possui um projeto de enoturismo, onde a gente consegue sentir o aroma de 46 sabores de vinho. O Salão dos Aromas é o mais completo de toda a América, de acordo com a vinícola. E o almoço… uma delícia! Também com 6 tipos de vinhos e pratos.

O investimento

O passeio é em grupo, tem água a vontade, super seguro e a pedalada é leve – mas não recomendo para crianças. O ideal é mandar um email para o Sergio com pelo menos um mês de antecidência e escolher quais lugares você pretende conhecer. Custa 160 dólares por pessoa e inclui:

– Transporte privado de e para o seu hotel

– Guia trilíngue (espanhol, inglês e português),

– Mountain-bike (Trek 4300), capacete, luva e tampa de assento de gel,

– Água mineral.

– entradas e degustações nas adegas,

– Almoço gourmet na adega (a escolher com o Sergio): menu de 5 etapas combinando com 5 vinhos diferentes (vinho e água incluídos)

– Suporte de veículos durante a viagem

Itinerário de um dia

09:30 – Transporte particular do hotel para Luján de Cuyo ou Valle de Uco.

10:00 – Comece a andar de bicicleta até a primeira vinícola

11:00 – Visita guiada e degustação de vinhos na vinícola

12:30 – Continue pedalando até a segunda adega

13h30 – Visita guiada, degustação de vinhos e almoço na adega

16:00 – Retorno ao Hotel

Mais informações: mendozawinebiketour.com

Onde ficam as vinícolas:

  • Lujan de Cuyo: onde estão as mais marcas mais famosas, como a Chandon e a Septima.
  • Valle de Uco: as vinícolas mais novas e de pequena produção, mas com estilos mais refinados. É possível encontrar vinícolas estilo Boutique. Nesta região está a maior produção de Malec, com mais de 13 mil hectares.
  • Maipú: é a região mais “populosa” de vinícolas. É a mais perto do centro de Mendoza (cerca de 20km) e é fácil encontrar preços bem acessíveis para degustação de vinhos, azeites e olivas.

Quando ir?

Por lá o verão é quente e úmido e a temperatura fica na casa dos 25 graus. Em março estava bem agradável e você pode comer as uvas nas visitas. Já em setembro, a temperatura estava na média dos 15 graus e não vimos nenhuma parreira cheia! Já o inverno é mais frio e seco. É difícil nevar por lá, mas é mais fácil de ver a paisagem branquinha nas montanhas.

Já conferiu como foi subir a Cordilheira dos Andes de Fusca? Clique aqui para ler essa aventura! E sobre o passeio na Concha Y Toro: saiba tudo neste post aqui.

No Norte da Argentina tem passeio completo aqui.

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