Esses dias uma pessoa me perguntou qual foi o destino mais inusitado que já fizemos. Fiquei pensando e não soube responder um só. Mas na hora falei: se fizer uma lista, com certeza Cabo Polônio estaria nela. Localizado no departamento – como se fosse um estado – de Rocha, o vilarejo de Cabo Polônio chama a atenção dos turistas por vários motivos: um lugar sem energia elétrica, isolado das grandes cidades, onde o wifi quase não chegou.
Visitamos em janeiro de 2018 a pequena vila de pescadores tomada por pequenas ruelas de areia, que te levam aos poucos lugares para hospedagem e restaurantes. Pé na areia e uma vida estilo desapego, o lugar é bom para quem gosta de natureza e um tempo de paz.
Um farol construído nas pedras fica ainda mais charmoso com as dezenas de lobos marinhos que vivem por ali. É um daqueles lugares poéticos, longe de tudo, mas com uma energia boa. Tem praias diferentes, tem dunas e tem muito espaço para conectar com outras pessoas de diferentes cantos do mundo.
O inusitado – ou a diversão, como preferem chamar – começa pela única maneira possível de chegar em Cabo Polônio: um caminhão 4X4 que vai atravessando as dunas de areia. Os passageiros vão chacoalhando o tempo todo. Esses caminhões são as famosas jardineiras.
Você pode escolher em cima, com mais emoção, ou na parte de baixo. Porém, sempre vai ter areia voando nos cabelos e o corpo dançando entre uma subida e outra descida das dunas. Não é assustador, mas é bem divertido! O trajeto leva quase uma hora e é possível apreciar a beleza da região.
As jardineiras funcionam das 7h às 20h, mas esse horário depende da temporada. É sempre bom verificar antes de fechar sua programação. Nós chegamos lá no meio da manhã e demoramos quase uma hora para conseguir embarcar em um dos caminhões.
E o carro – seja seu próprio ou alugado – fica na entrada do parque, num estacionamento pago – 190 pesos ao dia. Ali você compra o ingresso para o caminhão, que sai a cada 1h e, em 2018, custava 200 pesos uruguaios por pessoa. O trajeto até o vilarejo leva 20 a 30 minutos e é possível já admirar a beleza preservada do local.
Fomos até a vila almoçar e voltamos para seguir viagem. Esse tipo de bate e volta é o mais comum entre os turistas que estão em Montevideo ou Punta del Leste. Se você estiver com planos de fazer isso, basta seguir de carro a Ruta 9 até o Departamento de Rocha e depois seguir a Rua 10.
O que fazer em Cabo Polônio:
Admirar a beleza natural toda preservada. É bonito, vale a pena conhecer e, talvez, passar uma noite. Mas é bom saber que o lugar é turístico e cobrado em dólar. Para dormir, a vila oferece quartos em casas rústicas pelo Airbnb. Não tem hotel e nem grandes construções. A proposta é viver a simplicidade.
Se quiser só passar um dia, como fizemos, vale a pena caminhar pela Playa de La Calavera, que é a mais próxima do centrinho, tem um mar mais agitado e dá até para arriscar molhar os pés. A água é extremamente gelada!
O Farol de Cabo Polônio, construído em 1881, também é um ponto importante da visita. Ele funciona todos os dias das 10h e 13h e depois das 15h até o final da tarde. Na época era 5 dólares por pessoa. Não conseguimos ir por conta do horário.
E, por fim, ficar no centrinho apreciando os artesanatos locais, comer algum prato típico e ficar curtindo o ambiente rústico e quase sem internet.
Se quiser saber mais sobre o Uruguai: clique aqui para saber sobre o roteiro em Colonia del Sacramento e aqui para dicas de restaurantes.
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